Em
nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso
Allah - O Altíssimo -disse:
“E implora perdão a
Allah. Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.” [Soorah an-Nisaa(4):106]
“E
quem faz um mal ou é injusto com si mesmo, em seguida, implora perdão a Allah,
encontrará a Allah Perdoador, Misericordiador.” [Soorah an-Nisaa(4):110]
Imaam
as-Sa’dee (m.1376H) - rahimahullaah – disse:
Quem
comete um ato de desobediência e se coloca em pecado, mas que de seguida faz o
istighfaar (busca o perdão de Allah) por isso de forma sincera - o que envolve:
[i]
Afirmar que [a sua ação] constitui um pecado;
[ii]
Arrepender-se de ter feito essa má ação;
[iii]
Afastar-se dela;
[iv]
Decidir não voltar a fazê-la novamente.
Dessa
forma, esta pessoa terá a promessa da misericórdia e do perdão de Allah - e,
verdadeiramente Allah (ﷻ) nunca quebra sua promessa. Então Allah vai perdoar o
pecador, vai purificá-lo de seus pecados e irá aceitar suas boas ações feitas
anteriormente [antes de cometer o pecado]...e saiba que [o termo] 'más ações'
inclui, em geral, todos os atos de desobediência, quer sejam menores ou
maiores. Elas são chamadas de 'más ações' por causa de suas terríveis punições
necessárias, e por causa de seus malignos efeitos sobre a alma.
Semelhantemente, [o termo] 'oprimir-se através de transgressão’ incluí a
opressão de se cometer o shirk (direcionar qualquer tipo de adoração para outro além
de Allah), tanto como [outras formas de injustiças] que são menores que isso.
Estes dois termos foram explicados de um jeito em que um esta incluso no outro.
Más ações
também foram explicadas aqui, significando más ações contra as pessoas em
relação ao seu sangue (vida), às suas propriedades ou honra. A opressão contra
si próprio através de transgressão tem sido explicado aqui como aqueles pecados
e atos de desobediência que uma pessoa comete contra Allah. É considerada uma
auto-opressão porque a alma de uma pessoa ou vida não é de sua propriedade para
que possa fazer o que quiser com ela. De fato, esta vida, ou alma, pertence a
Allah - O Altíssimo – Que a concedeu à pessoa como uma confiança, e ordenou-lhe
ser justa para manter-se na Senda Reta, quer seja em palavras ou ações, e que
ensinou à alma o que tem sido ordenado para ela e os atos que ela precisa
desempenhar. Portanto, uma pessoa que não se mantenha nesta Senda [Reta], está
na verdade se oprimindo a si mesma, agindo traiçoeiramente,e desviando-se da
senda da justiça e equidade; o oposto da injustiça e opressão. [1]
O
Profeta (sallallaahu
‘alayhi wa sallam) disse:
“Allaah – o Altíssimo – disse: “Ó filho de Adão, enquanto chamares por
Mim pedindo Meu perdão, Eu te perdoarei pelo que tiveres feito e não me
importarei. Ó filho de Adão, mesmo que os teus pecados alcançassem as nuvens do
céu e pedisses o Meu perdão, Eu te perdoaria. Ó filho de Adão, se viesses a Mim
com pecados quase tão grandes quanto a terra e, Me encontrasses, não
atribuindo-Me parceiros na adoração, Eu te concederia um perdão tão grande
quanto ela." [2]
Allaah
– o Exaltado – também disse sobre o istighfaar:
“E não é admissível que
Allah os castigasse, enquanto tu estavas entre eles. E não é admissível que
Allah os castigasse, enquanto imploravam perdão.” [Soorah al-Anfaal (8):33]
Allah
(ﷻ) nos informa de que existem
dois fatores que são a causa de segurança da Sua terrivel punição, e a
continuariam a ser tanto quanto estiverem presentes na Ummah:
[i] A presença do Profeta (sallAllahu ‘alayhi wa
sallam) entre ela;
[ii] A sua busca pelo perdão de Allah.
Ibn
‘Abbaas (radiallaahu
‘anhu) disse:
“Existem
duas [causas] que fazem as pessoas permanecerem em segurança, [i]a presença do
Profeta (sallallaahu ‘alayhi wa sallam) entre elas, e [ii] a sua busca pelo
perdão de Allah. O Profeta (sallallaahu ‘alayhi wa sallam) se foi, então tudo o
que resta é a busca pelo perdão de Allah.” [3]
Assim,quanto
mais nos tornamos negligentes na busca pelo perdão de Allah (ﷻ), mais abrimos as portas
para a Sua punição; tanto para nós mesmos como individuos, e para a sociedade
como um todo. Então – muçulmanos – fiquemos atentos!
Revista
'Al-Istiqaamah', Edição Nº 8 – Shawwal 1418H / fevereiro de 1998
Notas:
1. Tayseerul-Kareemur-Rahmaan (p.
164).
2. Saheeh: Relatado por at-Tirmidhee (nº
3540), por Anas (radiallaahu
‘anhu). Isto foi autenticado por Shaykh al-Albaanee no as-Saheehah (nº.127-128).
3. Relatado por Ibn Katheer no Tafseer Qur’aanul’Adheem,
(2/317).
Fonte: Abdurrahman.Org
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